De tempos em tempos aparece novidades que enganam quem pratica esporte com mais frequencia.

A pulseira "Power Balance" virou moda em muitas pessoas, e não era comum aparecer um escalador com desejo de aumentar a sua performance.

Com palavras bonitas de física quantica e usando métodos de charlatanismo do início do século XX, pessoas que possivelmente do alto de sua inocência máxima entraram na onda.

Poisé... Um tempo depois a pulseira além de beirar a falência irá pagar uma "multinha" básica.

Leia mais abaixo :

A empresa Power Balance, que fabrica o que ficou conhecido como “pulseira quântica” ou “pulseira milagrosa”, aceitou pagar US$ 57,4 milhões para compensar consumidores que se sentiram enganados, relata o site americano TMZ.

Trata-se de uma pulseira colorida de silicone ou neoprene que supostamente daria força, equilíbrio e outros benefícios a quem a usasse.

O site da empresa não diz diretamente quais seriam os poderes dessa mercadoria. Apenas afirma que há “produtos diferentes com a mesma filosofia e um único estilo de vida”. E alerta contra falsificações para que o cliente não seja enganado (por outra companhia).

No entanto, a Power Balance exibe em seu site declarações de atletas como o brasileiro Rubens Barrichello atribuindo poderes ao produto. O automobilista diz que se sente “melhor, mais forte e mais flexível” (quando põe a pulseira, subentende-se).

O jogador de basquete Shaquile O’Neal disse que, quando usou um produto da Power Balance pela primeira vez, numa partida pelo Phoenix Suns, ganhou por 57 pontos de diferença. Além deles, havia mais dois usuários na equipe.

Um dia depois de a notícia sair no TMZ (segunda-feira, 21), a imprensa americana informou que a Power Balance decidiu recorrer ao capítulo 11 da lei de falênciados EUA. Segundo o “Wall Street Journal“, a receita da companhia foi de US$ 52 milhões no ano passado. Mas, em 2011 até outubro, a emnpresa só conseguiu US$ 20 milhões.

A notícia foi indicada ao Radar Econômico pelo colaborador Alcides Leite, professor de economia na Trevisan Escola de Negócios.

“Charlatanismo”

Em janeiro, imprensa internacional noticiou que a Power Balance admitira, em comunicado divulgado na Austrália, que não há “evidências científicas plausíveis” dos efeitos de seus produtos. Depois, no site internacional, divulgou nota dizendo que a propaganda enganosa foi feita apenas na Austrália. Na página brasileira, afirmou que a publicidade está de acordo com as leis do País.

No começo do ano, o jornalista e escritor Sérgio Augusto escreveu no Estadão que a pulseira da Power Balance representa uma evolução do charlatanismo, ou “uma versão ‘high tech’” das fitinhas do senhor do Bonfim. “Inócua, só afeta mesmo a reputação de quem a usa”, resumiu.

No Brasil, outra pulseira

O jornalista Edmundo Leite lembrou que nos anos 1980 uma pulseira prometia cura de dores reumáticas, artrites e outras. Ela agiria como um fio-terra (?). Ele contou a história no blog do Arquivo Estado.
Fonte : http://blogs.estadao.com.br/radar-economico/2011/11/23/tmz-fabricante-de-pulseira-quantica-pagara-us-57-mi-a-clientes/