Os esportes de aventura não são a mesma coisa que a 10 anos atrás.
Isso é certeza, e até mesmo o mais principiante dos praticantes percebe.
Turismo faz parte do esporte de aventura, mas não é parte determinante a quem pratica esportes de aventura, nem a quem tem curiosidade, também é de conhecimento geral.
Ao que parece a organização da Adventure Sports Fair não tem idéia do que acabei de escrever, ou por algum motivo que desconheço insistem no mesmo erro sempre.
A praticamente 5 anos cada vez menos pessoas fazem comentários favoráveis a este evento que se tornou hoje o ícone da feira com pior identidade com o público alvo. Hoje é um evento sem alma, sem qualidade e sem foco.
Particularmente visitei a feira ficou a impressão de que fui a um evento sem identidade, sem foco no usuário final e puramente capitalista.
Não parecia nem de longe uma feira para praticante, entusiastas e curiosos em esportes de aventura.
Havia sim espaço de stands vazios, preços abusivos desde estacionamento até mesmo na água comprada dentro da feira. Havia expositores que não tinha nem de longe identificação com a proposta da feira. Somente para exemplificar vi stands de vender bijuterias.
Fui à feira por estar deixando de ir a alguns anos por diversos compromissos e por críticas sistemáticas à qualidade da feira. Diferentemente do que há em feiras comerciais na cidade de São Paulo, não há comércio propriamente dito com o público. Não fosse a compania da Janine Cardoso teria sido a maior tortura do ano em termos de ver o dinheiro jogado ao ralo. Valeu mais pela conversa do que pela feira em si.
Na minha área de interesse não havia um só stand sobre o tema, e nem de longe tinha as marcas sendo vendidas. Grandes lojas como a Casa de Pedra (a maior loja de equipamentos do ramo na cidade de São Paulo) ficaram de fora por causa da proposta da feira. O público que poderia ir à feira foi espantado por anos de falta de identidade com o usuário final. É jogar dinehiro fora expor na feria hoje.
Hoje a feira não é nem para o público final, nem para fazer negócios. Hoje é "algo" que existe em um local de difícil acesso, e com preço de estacionamento salgado. É um ralo onde se joga o dinheiro para se arrepender.
Ficou evidente a mim que os organizadores estão muito mais interessados em ganhar dinheiro com o evento do que fazer o evento virar um sucesso. Na minha opinião deveria ser o contrário. Ou não?
As feiras da área de computação, telefonia, lingerie, produtos de restaurante estão aí para provar isso. Atende aos dois públicos, interessados e profissionais do ramo. Porém a Adventure Sports Fair não exerga isso. Deixa transparecer que apenas vende o espaço e ignora o perfil do público visitante.
Não falo somente da escalada em si, mas esportes de grande apelo popular como corrida de aventura, canoagem, rafting, canyoning, windsurf, snowboard, pesca submarina, camping entre outros ficaram sem NENHUMA representatividade.
Acredito sim que o apoio deve ser feito por todos, porém da maneira que está o que sugiro para o ano que vem é deliberadamente desencorajar todos a ir na feira. Um boicote geral, para que em 2011, talvez com a lição aprendida, e menos maquiada por números como sempre fazem, reformular um evento que ao que parece estar na mão de amadores.
2 comentários:
Também visitei a feira, faz alguns anos e senti também a falta de foco. Por isso não me animei mais a visitar. Não se presta aos iniciantes nem aos esportistas, não busca novidades e não aproveita a oportunidade para servir como ponta de lança do setor. Parece que existe só para os organizadores, na lógica capitalista das mais rasteiras...
Poxa Luciano, vc não se interessou nas informações da secretaria de turismo do Cafundó dos Judas? Ou da Assossiação dos Prestadores do Turismo de Aventura Super Sustentável do Estado XX? Ou dos carros "Super" Adventure que estão "Super" na moda? Não é a toa que absolutamente todas as empresas já pularam fora há anos...
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