Viajar faz parte da prática da escalada. Para os "abeta da vida", classifica isso como turismo. Mas isso todos sabem que é um julgamento muito equivocado.

Porém isso é outra discussão. Discussão esta que nem sequer foi levantada por revistas do meio (fica a dica aí viu "GoOutside" e "Aventura & Ação")

Quando alguém que sempre escala no mesmo lugar, e as mesmas vias ou boulders, corre o sério risco de estar mascarando a sua escalada. Quando se "decora" a movimentação de uma via, a escalada fica muito mais automatizada, e pode gerar um equívoco na avaliação da escalada.

Tanto isso é verdade que o grau de escalada brasileiro é para a escalada "à vista", e não para vias "trabalhadas"(várias tentativas e memorização de movimentos e descobertas de alternativas) como prevê os graus europeus.

Um dos locais mais fantásticos para se escalar é Itajubá, em Minas Gerais. A cidade possui um "acervo" de vias e locais de escalada que chega a ser comparado somente a locais da Espanha (meca mundial da escalada esportiva).

Todos os anos é realizado no local o Festival de Montanha do Sul de Minas Gerais na cidade , e está em sua 8º edição. Talvez seja dos mais bem organizados encontros de escalada do Brasil, e cada vez mais é prestigiado por escaladores de todo Brasil.

A cidade que possui escaladores exemplares no quesito de simpatia, a cidade tem um dos melhores açaí do Sul de Minas, e há ainda uma lanchonete reconhecidamente sendo um ponto de encontro de escaladores.

Este ano a data é : 20,21 e 22 de agosto.

Nas palestras contidas no evento, os destaques ficam para dois escaladores que muito tenho admiração : César Grosso (O Cesinha) e Pedro Hauck.

A palestra de Cesinha é talvez a melhor palestra sobre preparação física e nutricional para escaladores do Brasil. Pedro Hauck escalador de AltaMontanha, doutorando em geografia e sempre fundamentado para falar sobre os problemas dos "Abetas" que estão querendo vender a escalada.

Para mais detalhes acesse : http://www.cmi.org.br/festival8/