Após algum tempo na Argentina, seguido de um período de internato com o "mestre" Eliseu Frechou me fez meditar sobre algo que muitas pessoas daqui do Brasil esqueceram, ou não sabem ter(mas cobrar e exigir todos gostam) : Respeito pelo outro escalador.
É evidente que há algum tipo de característica no escalador que cada vez fica mais evidente. A completa falta de respeito pelas outras pessoas que também compartilham da comunidade escaladora. Não estou falando aqui de jogar lixo nas trilhas, e outros comportamentos que se vê reclamação disso por toda a internet afora(seja em qualquer país, deixa-se claro). A questão aqui já vai mais além.
Pode parecer "requentada" a questão do uso(ou não) do grigri. Mas este é um exemplo típico de como o escalador (em especial o brasileiro) pouco se importa com a segurança do companheiro de corda o qual está responsável. Perdi a conta nos 10 dias que estive em São Bento do Sapucaí por exemplo das pessoas provendo segurança da maneira errada com o grigri, e também de atitude inteiramente displiscente. Escaladores ue batem no peito porque estão encadenando grau x ou y, mas na hora de mostrar se é ou não pessoa responsável colocam : o gri-gri de cabeça para baixo, usam o aparelho de maneira apropriada, conversam como se estivessem em um botequim, etc. Atitude que mostram o quando se tem descaso por quem está escalando.
Vou ficar só no uso do grigri, para não ir muito longe. Mas a falta de desconfiômetro chega a ser chocante.
A imperícia técnica por simples falta de maturidade, respeito e inteligência na pessoa pode ser captado pela frase : "eu dou segurança assim", "mas eu gosto assim" ou até mesmo "eu me responsabilizo por usar o aparelho errado". Com frases assim mostra como o caráter do escalador anda carecendo de revisão, pois este tipo de desrespeito com quem é responsável pela segurança é considerado intolerável por quem tem desconfiômetro.
Pode parecer estranho o que vou afirmar, mas imagine que em um dia perfeito de escalada, por culpa e atenção sua o seu uso correto vá máchucar(ou aleijar) um amigo, ou namorada, que está escalando. Desagradável? Sim, e muito. Mas este tipo de quadro é algo que Charles Darwin afirmou : a espécie mais adaptada sobrevive, e a mais despreparada morre. Que o mesmo aconteça na escalada.
É evidente que com este pequeno texto não irei mudar o mundo. Mesmo que eu pudesse fazer isso, não seria um blog de escalada que iria mudar a história da escalada. Porém aproveito para colocar (mais uma vez) o vídeo da PETZL para que não reste dúvida de que como é o uso correto do aparelho.
1 comentários:
Muito bem dito ! segurança deve estar acima de tudo na escalada.
Eu mesmo já presenciei situações onde o escalador fazia a segurança de maneira errada, mesmo com o ATC, e quando chamo a atenção para a falha, no proceditmeno (sim, uma falha, eu mesmo já fiz dessas em momentos de stress ou cansaço maior), recebemo de mau grado uma resposta do tipo, "sempre fiz assim e nunca deu errado.." Dureza, espero realmente que continue a nunca dar errado!
Uma dica, ao invés de usar o gri-gri, comprei recentemente o SUM da Fadres para meu filho fazer minha seg, e realmente é um equipo espetacular, além de auto-blocante ele libera um pouco da corda no momento do travamento, reduzindo o "tranco" da queda, e é muito mais intuitivo na montagem, quase que eliminado a montagem invertida do equipo.
Braços
Renato
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