O Evento de filmes outdoor Rocky Spirit começou no dia de ontem.

Apesar da importância simbólica do evento, a presença de entusiastas de esportes de aventura não chegou a lotar a sala do cinema reservado.

A começar citando a comunidade escaladora, haviam pouquíssimas pessoas do esporte. Mesmo os que já foram destaque da própria revista GoOutside não compareceram neste primeiro dia. Como atenuantes das ausência existem os fatores trânsito, frio (estava por volta de 10º quando cheguei ao cinema), necessidade de trabalho no dia seguinte e etc.

Resta saber se os mesmos fatores irão impactar nas sessões de hoje.

O evento chamou a atenção de quem não estava sabendo, e era evidente a curiosidade de quem queria saber mais o que eram estes tais "filmes Outdoor".

No primeiro dia de foram exibidos filmes com uma intensidade de emoções muito forte. Filmes que , como disse a organizadora, tinham o esporte como pano de fundo, mas a mensagem eram muito mais do que endorfina.

O primeiro filme "Kadoma" fala sobre praticantes de caiaque em uma aventura no coração da África, o Congo.

Há várias imagens de como as pessoas vivem lá, e como foi que sua presença impactou na vida delas. No final há um imprevisto, que infelizmente (ou felizmente) apesar de não captada pelas câmeras impactou todo o filme e a vida doos integrantes.

Um filme que teve roteiro bem definido, e que por dizer logo no início como foi o acidente, deixa o espectador em estado de tensão.

Por decisão da organização, após cada filme havia um pequeno debate coom perguntas e respostas. Algo ainda inédito para o público outdoor, mas muito usado em festivais de cinema tradicionais (como o Festival de Curtas de São Paulo que acabou ontem).

Um tipo de experiência que foi positivamente recebida pelos espectadores.

Durante este debate os produtores anunciaram que estavam vendendo uma cópia do filme para quem estivesse interessado.



A primeira sessão foi encerrada com o impactante "Killing in the Name".

Um filme bem cru e direto sobre o dissernimento que as pessoas tem de fazer entre terroristas e muçulmanos.

O filme em si é muito bom, e toca em pontos que não são abordados.

Porém houve algum ponto do filme que passou a impressão que o filme não era Outdoor.

Não houve sequer nenhuma cena que não fosse urbana, nem havia nenhuma citação a nenhum esporte.

Porém é um filme denso, e que deve ser assistido amis de uma vez.



A segunda sessão foi exibido o "180º South". O melhor filme da noite, na minha opinião.

O filme já foi revisado aqui no blog, e encontra-se em DVD em sites de venda como a Amazon. O filme é de uma fotografia maravilhosa, e um ritmo de narração que prende o espectador do início ao fim.

Durante todo o filme há divagações a respeito de questões políticas e de natureza que fazem refletir o mais distraído espectador.

180º South é um filme que deve ser comprado e exibido em várias sessões com amigos, alunos e familiares. Mostrando um bom gosto de imagens e narrativas que faz orgulhar o entusiasta de esportes de natureza mais cético.



No Geral o evento foi bem organizado. Não houve tumulto ou troca de informações. Tudo foi exemplarmente dentro do roteiro proposto.

Porém a nota a observar fica por conta da inexplicada ausência em massa do público interessado. Para quem não sabia do evento, e viu que haviam lugares sobrando, e nem lotação completa (e esvaziamento na segunda sessão) concluirá que o público que pratica este tipo de atividade é minimo.

Mesma linha de pensamento os patrocinadores poderão argumentar quando foram apresentados um projeto desta magnitude como o Banff World Tour por exemplo.

Por este tipo de presença que eventos de filmes Outdoor demoram a aprecer pela cidade de São Paulo.

Talvez o único ponto a se comentar com relação ao evento foi os problemas de som com os microfones dos convidados no momento de perguntas, e a baixa resolução (não estava ruim, porém não estava em HD tão pouco) dos filmes exibidos.

Acredito que este segundo quesito tenha sido incompatibilidade de projetores de sala de cinema tradicionais e DVD de filmes Outdoor (formato mais comum para quem pratica filmes de aventura). Porém este não é um defeito, é apenas um ponto a melhorar para uma outra edição.